“KARATÊ KID: LENDAS” (Karate Kid: Legends), dirigido por Jonathan Entwistle e roteiro de Rob Lieber, é uma tentativa de unir diversas gerações de admiradores da franquia iniciada em 1984, e que gerou até uma série, “Cobra Kai”. Porém apresenta um fio de história, com diálogos péssimos e atuações lamentáveis. O que pode ser atraente é a aparição de diversos personagens, que estiveram presentes nos outros filmes, como Ralph Macchio, Jack Chan e uma singela homenagem a Pat Morita (1932-2005), o senhor Miyagi dos quatro primeiros longa-metragens.
A trama é basicamente uma cópia da história original, praticamente mudando só o destino final do protagonista, vivido por Ben Wang, que interpreta o jovem chinês Li Fong, estudante de kung fu que muda com a mãe, vivida por Ming-Na Wen, de Beijing para Nova Iorque, devido ao novo emprego dela, em um hospital.
Logo na sua chegada, já arranja um crush, a jovem Mia (Sadie Stanley), que claro, é ex-namorada de Connor (Aramis Knight), rapaz que será o antagonista de Li e também filha do dono da pizzaria, que tem uma dívida com o dono de uma academia de karatê – que vem a ser o treinador de Connor. E os vilões são um primor de clichê: mal-encarados, praticamente não falam uma frase completa, só fazem cara feia e resmungam.
As conveniências do roteiro são gritantes, exageradas – logo Li estará envolvido em um torneio de karatê, onde terá apenas dez dias para treinar. É aí que ressurgem as figuras de Jack Chan, presente no malfadado filme de 2010, com Jayden Smith, e Ralph Macchio, o Daniel San, dos clássicos dos anos 1980.
E tudo acontece tão rapidamente, tão vertiginosamente, constatação feita nas imagens de videogame presentes no filme, que por um lado pode ser visto como uma benção. Pois a tortura acaba rapidamente, para alívio do público.
Cotação: ruim
Duração: 1h34
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=j_Z5so0LjG0